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Criando um repertório com amostras de pontos

  • Foto do escritor: Sofia Botelho
    Sofia Botelho
  • 24 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de jun. de 2020


Hoje vou falar um pouquinho sobre um exercício que comecei ano passado, mas que só com a quarentena consegui incluir de fato na minha rotina: fazer amostras de pontos. No último episódio do podcast Chá com Novelos, do qual participo com minhas amigas Amanda Ourofino e Fernanda Vallú, conversamos sobre a beleza de ser um eterno aprendiz nas manualidades e sobre nossos métodos de estudo. Comentei no podcast sobre as amostras de pontos que tenho feito desde que a quarentena começou e pensei que seria legal compartilhar essa prática aqui no blog também.

Quando comprei a minha enciclopédia de pontos favorita, o livro "Crochet Every Way Stitch Dictionary" da Dora Ohrenstein, pensei que seria interessante explorar todos os pontos do livro para aprender novas combinações, tramas e possibilidades dentro do crochê. Este livro é ainda mais especial como fonte de estudo pois ele apresenta as formas como você pode diminuir e aumentar dentro de cada padrão. Então decidi que faria amostras de cada um dos pontos para ampliar o meu repertório de pontos e não deixar meu livrinho encostado na estante.

Desde que comecei esse exercício já observei vários saldos positivos: tenho me aventurado mais a criar minhas próprias receitas e muitas ideias novas surgiram ao pensar em possibilidades de aplicação dos pontos que tenho explorado nas minhas amostras. Com a amostra pronta, não só aprendo uma possibilidade dentro do crochê, mas posso observar como o padrão se comporta no fio escolhido, qual o seu caimento e textura. Dessa maneira, consigo aplicá-lo no tipo de projeto que casa melhor com o padrão da amostra.


Ao falar sobre as minhas amostras de pontos no podcast com as minhas amigas, tive uma realização curiosa. Várias vezes aconteceu de um ponto que eu não achava tão interessante no livro ter se mostrado muito legal quando o apliquei com um determinado fio e numeração de agulha. Os autores do livro precisam escolher um material para compor as amostras apresentadas. No entanto, a amostra que se apresenta na foto do livro é só uma possibilidade: alterando a numeração da sua agulha ou utilizando um fio mais grosso ou mais fino, uma lã, fio de algodão ou fio de malha, podemos alcançar resultados totalmente diferentes. Pensando assim, as possibilidades são infinitas!

Como vocês podem observar nas fotos, a maioria das minhas amostras foram feitas com o mesmo material, restinhos de fio de algodão que eu tinha dos projetos que fiz quando participava de feiras criativas em Brasília. Recomendo usar os restos de fio para esse exercício, assim você não compromete os novelos que vai utilizar no futuro e dá um destino para um material que ficaria encostado ou até mesmo que seria descartado. Costumo colocar uma etiqueta com o nome do ponto e o livro que consultei. Nas próximas amostras, quero fazer vários experimentos com um mesmo padrão utilizando materiais diferentes e outras numerações de agulha. Será muito interessante comparar os diferentes efeitos!

Meu "repertório" de pontos dentro do crochê agora tem uma materialização física nessas amostrinhas que estou fazendo. Guardo elas em uma caixinha e quando quero inventar alguma coisa vou explorando uma a uma. Pode parecer um exercício um pouco chato fazer amostras sem um objetivo imediato. No entanto, sinto que meu conhecimento da técnica cresce a cada dia e, o mais importante, eu estou me sentindo muito mais criativa! Fica a sugestão para quem se interessar. ;)



Livros citados:

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©2020 por Ateliê Ítaca.

Todas as fotos e textos publicados são produzidos por Sofia Botelho, do Ateliê Ítaca, exceto quando sinalizado.

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